segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Angela Felipe segundo ULISSES LEOPOLDO

Dotada de imaginação viva e frenética, Ângela Felipe é uma artista plástica moderna, antenada com o mundo e, sobretudo, muito criativa. Ela usa como ninguém essas qualidades e o resultado é aquele que todos nós conhecemos: trabalhos sempre primorosos.

O talento a acompanha desde cedo. Suas incursões anteriores pelo desenho, pela cerâmica, pelas máscaras em papel machê, pelas esculturas e pela pintura em tecido já eram provas disso; mas são as telas, pincéis e tintas os instrumentos que melhor revelam a artista. Cada quadro brotado da fonte ÂNGELA FELIPE vem repleto de harmonia, equilíbrio e força.

Que sua mente crie, crie e crie e suas mãos executem, executem e executem, Ângela, para o bem da Arte e deleite de todos nós, que a apreciamos!

ULISSES LEOPOLDO
Marcheteiro

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Parceria especial ANGELA FELIPE & XANGAI


"Entendo uma parceria como partes que comungam seus talentos, objetivando metas comuns. Quando essa comunhão acontece no mundo das artes, em áreas capazes de mexer diretamente com nossos sentidos, o resultado costuma tocar as pessoas de forma muito especial.


É o que vem acontecendo entre a artista plástica potiguar Angela Felipe e o compositor e cantor Eugênio Avelino, o Xangai. Angela é uma artista de muitas linguagens, sobressaindo em todas elas o trabalho com as cores, num estilo próprio e inconfundível.



Xangai dispensa apresentações. Reconhecido como exímio cantador, de voz ímpar e capacidade interpretativa marcante, ele transcende sua música e encanta a todos que com ele cruzam nos caminhos da arte e da vida.



Esses talentos reunidos só poderiam resultar numa parceria feliz. Desde o ano passado, Xangai leva no peito, em shows, apresentações e entrevistas a arte de Angela Felipe, expressa em camisas e camisetas feitas com exclusividade para o artista, muitas delas pintadas à mão. "É fácil trabalhar com Xangai" diz Angela. "Ele está sempre aberto a idéias e sugestões diferentes, que fogem aos padrões comuns".



É o que acontece quando dois talentos comungam suas idéias, compondo uma harmoniosa parceria. E pelo jeito... uma nova grife está a caminho."

ISABEL VIEIRA

Jornalista e escritora


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Angela Felipe segundo DARLAN CUNHA


A PLANTA DO MUNDO NA ARTE DE ÂNGELA FELIPE

"Na raiz da fala e do silêncio está o Inconsciente, com mais ou menos presença, lá está ele. Exalando classe, apareceu-me a pintura de Ângela Felipe, uma arte fortemente ensolarada como a terra em que ela nasceu e vive, arte na qual se observa em boa parte o motor recorrente, ou seja, o Inconsciente como instância primeira, mas não deixado-o de todo à sua própria vontade, nada disso, pois nota-se que a força da técnica desta artista (consciente) não dá de jeito algum ao Inconsciente margem total de manobra. Uma arte que me lembra antiquérrimos ritos de fertilidade celebrados por práticamente todas as culturas, todos os povos, através dos tempos, com alusões sutis ou claras à vagina, ao falo, ao útero, a espigas, sementes, ao sol, ou seja, alusões a sinônimos inequívocos de fertilidade, renovação, ao que é sadio.

Exemplo de sua visão do mundo através da sua arte está na tela Três Marias, na grande leveza que sai das cordas de uma viola que perpassa de modo transversal as três criaturas pintadas com harmonia (já que se fala aqui de música). Muitas telas configuram tão bem o imaginário tropical, que podem ilustrar livros, por exemplo, de antropologia e etnologia, sobre fauna e flora, sobre mitos e contos infantis (lembrei-me do livro Cobra Norato, do Raul Bopp), psicologia e psicanálise, pois levam de imediato o pensamento de quem as observe com certo cuidado à infinidade de formas, principalmente aves e árvores, do país tropical no qual ela se cumpre como pintora. Mas há outra particularidade, penso eu, nas telas dela: o visco infantil, caminho certo, embora não intencional primordialmente, penso eu, para atrair e manter firme o olhar das crianças, lembrando que o adulto pode voltar a sê-lo, puede volver a los dezesiete, volver a los siete.

Eu não a conheço pessoalmente, mas bastou-me considerar de leve alguns dos seus trabalhos publicados na Internet, para que eu sentisse uma excelente sensação, algo não tão comum nestes dias de pressa, ira, insônia, hipertensão, desleixo, arquitontura, tempo de vias de uma só mão, enfim, uma Era que engrossa a psicopatologia dos fatos cotidianos, da qual Freud falou. Novamente, outro livro exuberante veio-me do fundo da memória: História Universal da Infâmia, do J. L. Borges. Mas voltemos ao arrazoado de cores e formas, luzes e sombras.

As telas luminosas da Ângela Felipe – essa potiguar da capital - fazem a sua travessia pelo mundo, dando-nos a entender, inequívocamente, que ela sabe que "de tudo se faz canção", e telas a óleo."

DARLAN M. CUNHA
Escritor e editor do blog PALIAVANA4

segunda-feira, 21 de março de 2011

Depoimento de DORIAN GRAY


"Atraído pela pintura de Ângela Felipe, entrei no seu atelier sem ser convidado. De repente estava diante do fetiche indígena de suas obras; com estilo, emoção, pragmatismo. Uma arte absoluta, completa, adulta, forte. Assim como um toten negro, uma urna indígena. transcende o espaço tradicional da pintura de cavalete, da pintura clássica ou da pintura impressionista, para firmar ao espectador e ao crítico uma sensação de fascínio e sacralidade.

Trabalhos assim, como esse de Ângela Felipe, precisam ser estudados, resgatados, revistos, preservados e codificados como uma linguagem indígena a icnografia dos ideogramas; os símbolos de civilizações arcaicas. Com a vantagem de ser arte atual, vibrante, versátil como uma flecha de luz cortando o espaço da floresta; a curva de um meteoro na noite dos tempos.

Ângela Felipe você esperou muito tempo para receber esse breve comentário, estou acostumado a fazer crítica e registro dos nossos artistas e de novos tempos. Creia-me esse seu trabalho foge ao ritmo das minhas mãos, insere-se na vibração autêntica das revelações verdadeiras da sensibilidade para a arte do futuro."

DORIAN GRAY
Desenhista, escultor, gravador, ceramista, tapeceiro, poeta, ensaísta e escritor
- Maior representante das artes plásticas do Rio Grande do Norte -